Para Marina, Maria e Dindinha.
Três irmãs, três Marias
O laço de sangue, o fogo de chão
Barra mansa donde a curva escoa
Depois do rio d’água turva,
Se encaverna uma fonte boa!
Na sesmaria, todas as três
O passo manso, a reza firme
Fazem amor, farinha e doce
Entreolhando silêncios, beira-fogão
Três estrelas, penca de jóias
As mãozinhas dadas na constelação
Tempo fica e eis que anuncia a hora
De hora, em hora - um bravo galo capão
Três irmãs, quais as três Marias
Que a família é o presente dos céus
Olhem pelos teus, guardem que um dia
Também eles sumirão de vista sem acenar adeus
Como a quente labareda que sem toco esfria
E a tarde mergulha o dia para o escuro fundo das serras
Vivem brilhantes faíscas, estas três Marias
Três flores de amores, três frutos da terra.
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