quarta-feira, 25 de março de 2009

Tabuleiro de Iaiá

O que sou, não sei. O que sei fazer, quase nada.
Do que eu gosto: a madrugada. A doce madrugada das ruas.
Pra onde vou, estrada. Com quem eu vou: sozinha.
Pois sozinha aprendí que assim,
se nasce e morre.
Só o samba me socorre
Só o doce samba, meu amor.
Do samba eu não guardo rancor,
pois ele é tudo que tenho.
E se não tenho, finjo.
Minto ter, e sigo.
O samba, meu unico amigo
Não há de se importar...
Se eu ao seu lado ficar,
Ao meu ele ficará também
Pois samba é só quem me quer bem
É quem entende o meu penar
O samba acontece no ar
É à quem o meu pulmão recorre,
C'o samba sei que vou ficar
Pois assim é que se nasce e morre.