Seu garçon, lhe peço sem vontade
Uma média e dois pão na chapa
Pro pão uma chapa bem quente
Pra média uma gota de mágoa
Bota neste pão a manteiga
E açúcar dentro do café
Capriche sem ser miserento
Tenha pena desta infeliz mulher
De amarga já me basta a vida
Tanta média para pouca atitude
Já se engole a seco tanta desdita
Já me resta hoje tão pouca saúde
Me traga agora na base de Noel
Uma boa média que não seja requentada
Que eu não estou disposta a ficar exposta
Mesmo vindo ao mundo pra ser condenada
Seu garçon, me traga depois
Uma boa dose de lirismo
Porque sem ele eu não dou cabo disso
É demais o mundo em seu egoísmo
O que pode senhor, uma triste mulher
Desejar desta vida além?
De engolir untado o desagrado
E empurrar goela abaixo o desdém?
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