sábado, 30 de maio de 2009

Todas aquelas coisas, Mariana.


Mariana nua, de ventre de Nilo, sabes bem que é sua a dor e o destilo,

De carnes tão vermelhas-cruas,
De uma cachaça de milho,
De todo o torpor das ruas, e do choro de um filho.
Nua neste solo fértil, em época de vacas magras
Não te abomines o mundo, não te canses de afiar as garras...este é teu Eu mais profundo,

estas são minhas amarras. Nua, bela e morena, há de cuspir longe, há de mostrar as penas, há de pintar do mesmo

- vermelho carne-

tuas entranhas,
há de ser só você,
nua,
poema,
Mariana.

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