Todas aquelas coisas, Mariana.
Mariana nua, de ventre de Nilo, sabes bem que é sua a dor e o destilo,De carnes tão vermelhas-cruas, De uma cachaça de milho, De todo o torpor das ruas, e do choro de um filho.Nua neste solo fértil, em época de vacas magras
Não te abomines o mundo, não te canses de afiar as garras...este é teu Eu mais profundo,estas são minhas amarras. Nua, bela e morena, há de cuspir longe, há de mostrar as penas, há de pintar do mesmo- vermelho carne-tuas entranhas,há de ser só você,nua, poema,Mariana.
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