Dolores,
Eu te chamava porque tinhas tantas
Dolores, nem uma semana tinhas e ainda assim já tão cheia
De uma inconformidade, uma veia de não querer
Dolores,
Eu te amei porque eras frágil,
Eu te quis cuidar as dores,
Eu te quis encher a pança,
Eu te quis ver caminhar...
E que paradoxal desejo, quando tu respiravas e eu não sabia
Se era porque ficavas,
Ou se era porque ias,
Dolores eu te imagino não tendo.
Nem remoendo, nem torcendo o pescoço,
Dolores, eu te daria um osso,
Eu te mudaria pra sempre o nome
E jamais contaria a ninguém das tuas
Dolores,
E quando perguntassem, poderias apenas dizer-lhes
Que te chamassem de Maria.
Maria dos Prazeres.
segunda-feira, 25 de maio de 2009
Das dores de Dolores
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maria dos prazeres, sei que pra tanto somos também dolores....
ResponderExcluirsempre
un beso chica
me encanta, muito, sua poesia!
Paola