quarta-feira, 20 de maio de 2015

Querer Demais

Não estranhes eu te querer demais
Guardei por ti noites intermináveis
Cantei por ti tantos boleros de amor
Esperei imersa em silêncio e desejo
É por isso que tremo, não tenhas pena
Estes calafrios são estrelas na pele
São fogos de artifício: Sim, estou alegre!
Embora doa, docemente.

Não te afogues agora em meus seios
Enquanto te aperto, desfeita em soluços
Não seques meus olhos com tantos beijos
Deixe – me chorar, estou alegre!
Estas lágrimas são o antídoto e o soro
Da falta imensa que me fizeste. 

Não estranhes eu te querer demais,
Eu tenho por ti um calmo desespero
Que só passará com tua longa estada
Que só passará com tua enfim estada
Maior que a tua longa ausência,
Maior que a carência que cultivei de ti
Por todo este tempo, por todo este hiato
Por toda uma vida em que não te esqueci. 



Um comentário:

  1. Lindo te sentir como poeta,além da voz que encanta,a voz da alma arquitetando o poema que flui denso e claro.Parabens por ser dona de tantos dons!

    ResponderExcluir