Ó minha amada dos olhos vermelhos
Da boca amarga, dos seios em flores
Fiel namorada dos pobres boêmios
Que vela em segredo as juras de amores
Ó minha santinha, de nada culpada
Que me põe em prece quando o dia estoura
Estende teu manto de turquesa e prata
E brinda comigo esta manhã vindoura
Que eu de amar-te me morra um dia
Mas seja suave a minha passagem
Como se o teu beijo de anestesia
Só me transportasse em doce miragem
Não deixe que seja de atropelamento
Nem de uma doença imbecil e mesquinha
Que me desguiasse de ter mais um tempo
De estar ao teu lado e de seres minha
E que muito tarde esta hora de pena
E que tu me cuides muito direitinho
Também meus irmãos, amigos e poemas
Sempre disponham deste teu carinho
E tuas lições possam ser ouvidas
Tal qual Nosso Pai a Jesus ensinou
Mas foi numa noite de muita bebida,
E toda a mensagem se desvirtuou
(Soube da boca de um garçom, que garante que
presenciou. Não era amém!)
Amem.
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