Hoje veio inesperada, numa brisa gelada, uma saudade tão imensa.
De dias de sol com casaco e cachecól, de Lagoa da Conceição, de pinhão, de fogueira, de calmaria. Hoje tudo eu daria para estar na minha amada Ilha da Magia.
Era sempre em dias assim que tudo ficava sereno. Morava eu numa casa pequena, mas com um grande amor. Vivia eu entre minhas flores, minhas ervas e animais, na mais perfeita inquietude de quem sonha alto, com cidade grande, com grandes feitos, com vôos distantes. Vivia eu em paz, contudo, imaginando que naqueles dias de frio e preguiça, nada aconteceria demais. A tarde cairia cor de rosa entre músicas e livros, e quando a noite chegasse enluarada e gélida, um vinho gaúcho esquentaria uma conversa mansa com a vizinhança tão amiga, o fumo traria boas risadas a tôa, e mais tarde o cobertor sobre a cama simples de fina madeira teriam o conforto de um ninho. Adormeceria nos braços de alguém sonhando com novos horizontes, mesmo sabendo da alegria daquele meu horizonte despoluído, daquele mar rugindo depois das dunas e que do quarto de dormir se podia ouvir o bradar madrugada adentro. A rua calada, não fosse pelos latidos da minha fiél companheira canina Menina e dos vários ninhos de corujas que habitavam nomeando assim a servidão Toca da Coruja.
Se hoje fosse ontem, lá estaria eu sonhando como estou, só que ao contrário.
Por que será que esta veia de inquietação insiste, se é tão mais feliz aquele que encontra em seu cotidiano a beleza e a calma de estar exatamente onde gostaria de estar?
Se a saudade matasse, eu cairia dura neste instante, para nunca mais.
Para todas as pessoas amadas que estão onde eu queria estar neste momento. Beijem com muito amor a Ilha por mim!!!
Que lindo Iara!
ResponderExcluirPrimeira vez visitando seu blog,
Muito bacana!
Grande beijo, Rail
Iaiá querida, das vezes que estive em sua casa era dessa fusao de paz, alegria e serenidade que me embebedava. Gostava muito de estar ali, de ouvir os sonhos florescerem em formas de canção do seu violão. Por aqui a praia esta fria a espera das tainhas, e a "friagem" subindo pela espinha.
ResponderExcluirVoce esta sempre aqui amiga!
Beijos
Gosto tanto dos teus escritos!
ResponderExcluirLembre-se de que a qualquer momento você tem a opção de mudar e que a Ilha e nós, sempre te esperamos de braços abertos. Amo você!
Iara, que lindo mesmo, saudades também de suas cantorias... Espero que estejas bem, um grande beijo Ananda!!!
ResponderExcluirGaroto
ResponderExcluirAi que sardade danada muê, vem pra Floripa matar essa marvada. Se não aproveita para compor aquelas músicas bonitas que vc faz. Bjão querida.
...uma conversa mansa com a vizinhança amiga... saudades da ilha tb. e eu que acabei de sair de lá...
ResponderExcluirnos resta trabalhar e visitar...
beijos iá iá
luiz e rosa vermelha, vizinhos e amigos
delícia ler você!
ResponderExcluirsimples, verdadeira.Dá quase pra sentir o "gosto"...
Beijos... Adoraria ouvir seu canto!
Fati Cintra
Eita, quanta poesia nessa saudade! A angústia é danada e a ânsia creio eu, eterna. Viver outras vidas, outros ritmos, outros sons,...
ResponderExcluirAi ai Iaiá! Saudade d'ocê!