Quero cantar mas não posso
Trago em mim uma focinheira
Meus ferimentos expostos
E um coração de espinheira.
Uns amores, uns remorsos
E uma canseira comprida
Que tornaram em destroços
Tantas certezas da vida
O meu sonho é uma cascata
Com queda em solo duro
É um pássaro que alçando as asas
Pára de encontro ao muro
Quero cantar, mas não posso
Ninguém mais liga pros poetas
E sem poesia, como acordar pro dia?
Como manter a espinha ereta?
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