As coincidências jamais serão as reticências.
Reticências são a hipocrisia no livro, e a hipocrisia é a reticência da sociedade, já me ensinou adolescente um certo escritor mulato, com sobrenome de santo padroeiro dos animais. Só esqueceu de dizer das coincidências e das confluências, que em relação às reticências configuram pontos de exclamações e pontos finais.
Permita-me uma orgia de palavras sobre um certo hexágono amoroso hipotético e sobre a hipocrisia.
Meu ex-marido com a ex-mulher de um amigo meu, e também hoje minha ex-amiga. Meu ex-marido, que cantou a minha amiga primeiro, e a ex-mulher do meu amigo, que também cantou a minha amiga, mas ela deu toco nos dois. Daí o amigo da ex-mulher do meu amigo e eu, confluindo numa coincidência. O ex-marido da ex-mulher que está com meu ex-marido, gostou também da minha amiga, e por aí andamos, ele, eu, minha amiga e o amigo da ex-mulher do amigo meu, de mãos dadas comigo! (...)
Mulato, o que me dirias, que fenomenal hipocrisia! Mas como julgar reticentes tantas coincidências profícuas, promíscuas, prostíbulas aqui nesta minha Lapa querida?
Me conte mais, mulato, da hipocrisia no livro, e das reticências da nossa sociedade, enquanto me esbarro em tantas exclamações e pontos finais. Senão mesmo eu, que sou dada às palavras, com tanta esbórnia acabarei me perdendo, e a todo este enrosco tremendo, traduzirei equação.O que os olhos não vêem não fere ao coração, mulato! Perante tanta coincidência, reticência e hipocrisia, que alegria poder tornar matemático aquilo que ao sistema para-simpático até então estremecia:
... + ... = . / ...+ ! = . / ! + ...= ./ ... (!)² /!+!= !
(...)
Querida Iara!
ResponderExcluirAlegria redescobrir seus encantos. Tempo?!
Abri seus poemas: luminosos, laser puro, livres.
Continue vibrando!!! Beijos celi!